O GANGSTER Joesley Batista, um dos donos da JBS, afirmou à Procuradoria Geral da República que acertou o pagamento de R$ 6 milhões, a título de propina, ao ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, presidente licenciado do PRB.
As delações dos empresários já foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal e o sigilo das informações foi retirado e divulgado pelo STF.
Procurado, o ministro disse em nota que as afirmações de Joesley
Batista "não são verdadeiras" e que está "à disposição das autoridades
para prestar os esclarecimentos necessários e afastar qualquer dúvida"
sobre a conduta dele.
Do G1
A delação
Joesley Batista afirmou no depoimento aos investigadores que foi
procurado por Antônio Carlos Ferreira, um dos vice-presidentes da Caixa
Econômica Federal, no processo final de uma operação da empresa junto ao
banco.
Indicado pelo PRB, Antônio Carlos pediu, segundo Joesley Batista, R$ 6
milhões, a serem destinados a Marcos Pereira e ao partido.
O empresário disse ter concordado com o pagamento e pediu que o próprio
Marcos Pereira o procurasse para acertar os detalhes do repasse.
"Marquinho me procurou. Aí eu falei: 'Tá bom, tá certo. Seis milhões. Marcos, como é que a gente faz?'", disse Joesley.
Na sequência do depoimento, o delator afirma, então, que foi combinado o
pagamento desse dinheiro, em parcelas de R$ 500 mil. Ao todo, segundo
Joesley Batista, contudo, cerca de R$ 4 milhões foram repassados.
"De 500 mil em dinheiro eu fiz pra ele. Enfim, de tempos em tempos, ele
me cobrava, me mandava mensagenzinha: 'Tudo bem?' E aí eu já entendia o
que era... né? Aí, a medida que eu ia conseguindo, eu combinava com
ele", relatou Joesley Batista.
O irmão de Joesley, Wesley Batista, também dono da JBS, reafirmou à
Procuradoria Geral da República o que disse o irmão e confirmou que
sabia do pagamento de propina a Marcos Pereira.
Odebrecht
O ministro da Indústria e Comércio Exterior já é investigado por suposto recebimento ilegal de dinheiro da construtora Odebrecht.
Segundo delação de executivos da construtora, o ministro negociou e
recebeu R$ 7 milhões para apoiar, em 2014, a chapa formada por Dilma
Rousseff e Michel Temer na eleição presidencial.
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